A iniciativa, anunciada por Donald Trump, de os EUA ocuparem a Faixa de Gaza para expulsarem os palestiniano e aí construírem uma "Riviera", não podia ser mais abjeta e reveladora dos perigos que o mundo corre com a sua eleição.
Limpeza étnica, necessariamente acompanhada por um verdadeiro genocídio, cupidez, desrespeito pelos direitos humanos, desrespeito pela comunidade internacional. É significativo que Trump faça estas declarações no momento em que decide a saída dos EUA do UN Human Rights Council (UNHRC).
Esta medida seria certamente bem recebida por Adolf Hitler, tanto ela reflete o seu conceito de "Lebensraum" (espaço vital), que levou à invasão da Polónia e da URSS.
O primeiro-ministro de Israel apoia a iniciativa e dá mais um passo na via da alienação do capital de simpatia que o seu Estado ainda beneficiava por causa da Shoa.
As consequências geopolíticas e económicas da medida anunciada por Trump são inimagináveis, não só para o Médio Oriente e a Europa, mas mesmo em locais tão longínquos como Taiwan, mas o que é certo é que perante uma iniciativa tão demente, questões como as anunciadas tarifas sobre os produtos da União Europeia tornam-se questões menores.
Blogue dedicado ao papel da história e do pensamento na compreensão da relação entre o homem e a natureza
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
O "Mein Kampf" de Donald Tump
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