sexta-feira, 24 de março de 2006

LER: Rotação

«A essência de Deus é como a roda (...), quanto mais contemplarmos a roda, mais compreendemos a sua forma, e quanto mais compreendermos, tanto mais prazer tiramos da roda (...).»
(J.Böhme, 1612)

[in Alquimia & Misticismo, de Alexander Roob]

LER: Microcosmos

«O mundo é, antes de mais, a totalidade de tudo o que existe, formado pelo céu e pela terra (...). Porém, no seu segundo sentido místico, é apropriadamente identificado com o homem. Porque, assim como o universo se formou de quatro elementos, assim o homem se compõe de quatro humores (...).»
(Isidoro de Sevilha, 560-636 d.C., De natura rerum)

[in Alquimia & Misticismo, de Alexander Roob]

domingo, 19 de março de 2006

LER: The Cambridge History of Science, volume 3

No final deste mês a Cambridge University Press lança o terceiro volume da colecção The Cambridge History of Science, editado por Lorraine Daston, distindo director do Max Planck Institute for the History of Science e professor na Humboldt-Universirät (Berlim), e por Katharine Park, não menos distinta professora de história da ciência e de estudos sobre a mulher, o género e a sexualidade na prestigiada Harvard University (EUA). Este terceiro volume trata o conhecimento do mundo natural na Europa dos séculos XVI a XVIII. Frequentemente referido como a Revolução Científica, este período testemunhou fantásticas transformações em campos tão diversos como a anatomia e a astronomia, a história natural e a matemática. Reunindo artigos de vários especialistas, este volume ousa descrever com grande lucidez, numa prosa acessível complementada por extensa bibliografia, como as novas ideias, descobertas e instituições moldaram a forma pela qual a natureza veio a ser estudada, compreendida e usada.

Título: The Cambridge History of Science, Volume 3: Early Modern Science
by Katherine Park and Lorraine Daston
Cambridge University Press (May 31, 2006)
736 páginas, ISBN 0521572444
Disponível já na Amazon

LER: Opus Magnum

Numa alusão à obra divina da criação e ao projecto de redenção nela contido, o processo alquímico foi designado por «Grande Obra». Nesse processo, uma matéria inicial, misteriosa e caótica, chamada materia prima, em que os opostos se encontram ainda inconciliáveis num conflito violento, deve ser transformada progressivamente num estado de libertação de harmonia perfeita, a «Pedra Filosofal» redentora ou o lapis philosophorum: «Primeiro, combinamos, em seguida decompomos, dissolvemos o decomposto, depuramos o dividido, juntamos o purificado e solidificamo-lo. Deste modo, o homem e a mulher transformam-se num só.»
(Büchlein vom Stein des Weisen, 1778)

[in Alquimia & Misticismo, de Alexander Roob]

LER: Macrocosmos

O Universo ou a Grande Ordem Universal foi concebido, segundo Platão, pelo Deus criador como manifestação e imagem da sua própria perfeição: «(...) e assim criou-o como um único ser vivo visível, que contém em si todas as criaturas afins (...).
Através da rotação deu-lhe a forma esférica (...), conferindo-lhe pois a figura que é, de entre todas, a mais perfeita.»
(Timeu, c.410 a.C.)

[in Alquimia & Misticismo, de Alexander Roob]