quarta-feira, 30 de março de 2005

CONTEÚDOS: Curar uma doença com outra doença

Durante grande parte do século XX os homens de ciência encetaram uma busca incansável na tentativa de descobrir a cura da esquizofrenia e da doença maníaco-depressiva, doenças estas que assolavam as sociedades humanas há vários séculos e condenavam os pobres coitados aos manicómios que serviam de depósitos humanos de loucos e loucuras. Isto fez com que também o século XX fosse extremamente rico em experimentação no âmbito da psiquiatria. E as histórias multiplicam-se. Esta, hoje, fala-nos sobre a ideia de curar uma doença com outra doença, que é como quem diz, virar o feitiço contra o feiticeiro.
Tudo começa com uma observação inquietante. Durante o seu internato num manicómio, em 1883, Julius Wagner-Jauregg (1857-1940) observa que um doente psicótico que tinha contraído uma infecção por estreptococos tivera uma remissão da sua psicose. Isto deixou-o com a «pulga atrás da orelha» sobre esta misteriosa relação entre a febre e a loucura que, note-se, já há muito tempo vinha sendo estudada. Em 1887 Wagner publica um artigo onde especulava sobre a possibilidade de tratar a psicose através da febre. E mais. Mencionava a neurossífilis (o grande fantasma da classe média do século XIX) como passível desse tratamento. Ainda nesse artigo sugere uma metodologia: inocular os doentes psicóticos com sangue de doentes com malária. E a partir daqui a estória vai tornando-se cada vez mais interessante. É que em 1890 o microbiologista Robert Koch tinha desenvolvido uma vacina contra a tuberculose – a tuberculina. Wagner aproveitou a ideia e fartou-se de inocular a tuberculina em vários doentes cujos sintomas de psicose eram causados pela neurossífilis. O objectivo era simples: causar febre. A ideia subjacente era que a febre impedia o progresso da neurossífilis, tendo como argumento que as espiroquetas da sífilis eram sensíveis ao calor. Na prática, as remissões dos sintomas aconteciam mesmo. Mas, e há sempre um mas, em 1909 Wagner acabava por deixar de usar a tuberculina por esta ter sido considerada tóxica. A ideia inicial é então retomada. Em 1917 Wagner inoculou um doente psicótico com sangue de um soldado regressado da guerra infectado com malária. Os resultados foram surpreendentes. Em 1918 faz a sua primeira comunicação sobre a malarioterapia, descrevendo os efeitos da cura num total de nove doentes. Foi um momento histórico. Mais do que uma tentativa de cura, esta terapêutica arrasava completamente o niilismo terapêutico enquistado na psiquiatria de ontem. E em 1927, Wagner-Jauregg acabava mesmo por receber o prémio Nobel da Medicina.

Em Portugal, a Casa de Saúde do Telhal apareceu na vanguarda dos institutos psiquiátricos que usaram a malarioterapia no tratamento dos paralíticos gerais. O método usado era absolutamente extraordinário. Em vez de sangue contaminado, usavam mosquitos infectados. Pediam então mosquitos infectados às estações sezonáticas. Estas enviavam-nos dentro de cilindros de papelão com as duas bases fechadas com gaze. Colocavam-se depois esses cilindros entre as coxas dos doentes de forma a ficarem em contacto com a gaze. Os mosquitos picavam imediatamente e dias depois apareciam com febres palustres de várias formas. E depois de um certo número de acessos febris, procedia-se à aplicação do quinino, para tratar o paludismo.

E depois, pronto, veio a Idade do Prozac, um tempo em que os cientistas sintetizam novas moléculas e as transformam naqueles comprimidinhos que gostamos de acreditar serem milagrosos. Todo o resto, é história.

quinta-feira, 24 de março de 2005

LER: O homem que sabia tudo

"O sábio aprende com todos os homens"
(Talmude da Babilónia)

Pico della Mirandola terá sido um destes homens mencionados pelos rabinos: um verdadeiro sábio, que marcou profundamente a maneira de pensar do século XVI e deixou repecursões que agitaram o pensamento dos períodos subsequentes.






O livro O homem que sabia tudo é um romance de grande interesse, da autoria de Catherine David, onde encontramos retratada a vida de Pico e, ao mesmo tempo, de toda uma sociedade renascentista que o envolve, onde as festas e as delícias e intrigas da vida palaciana coexistem os jogos de ideias, os dramas, e os conflitos de um tempo incomparável de mudança da face da Europa. Um dos pontos altos desta esgrima de ideias é a controvérsia entre Pico e um outro grande filósofo do período, Michele Savonarola, sobre o lugar ideal para procurarmos a essência dos verdadeiros ensinamentos de Cristo. Foi neste processo que Pico atingiu o píncaro de complexidade agora conhecido como A Cabala Cristã, poventura um dos legados mais interessantes do Renascimento para a nossa bagagem intelectual. E não partamos daqui sem recordarmos sempre, como citação de cabeceira a repetir e acarinhar todas as manhãs, esta frase inesquecível de Pico:
"Nada é mais fraco do que o homem, nem mais forte do que o amor".
Obrigado, António.


Ulisseia, 2003
Tradução de Maria Bragança
395 pp.

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Newton

[depois de uma longa disseretação sobre a imponência da gravitação universal] "Mas o que eu não daria para conseguir antes falar da magnífica obra de Deus na linguagem dos poetas!"
(na sua correspondência com o físico Robert Boyle)

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Keats

"Esse homem? Destruiu toda a beleza do arco-íris quando o transformou nas sete cores da luz branca!"
(referindo-se a Newton, que considerava um inimigo funesto da poesia)

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Woodsworth

"Esse homem? Não comprrende a beleza de nada que não sejam os três vértices de um triângulo equilátero!"
(referindo-se a Newton, que considerava um inimigo funesto da poesia)

quarta-feira, 23 de março de 2005

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Jan Swammerdam

"Porque a sabedoria de Deus está lá toda matematicamente provada"
(considerado o último lamento do microscopista holandês do século XVII antes de morrer, mortificado por não ter conseguido acabar a tempo a sua monografia sobre as abelhas)

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Schroedinger

"Deus é uma variável de que a minha equação não tem necessidade"
(note-se a semelhança temática com a citação de Laplace, reveladora ou de inspiração em fontes alheias ou de obcessão hagiográfica de afastar os grandes cientistas de Deus por via matemática)

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Oscar Wilde

"Decididamente, um de nós está aqui a mais"
(para o papel de parede do seu quarto miserável numa pensão ranhosa de Paris, no dia antes de morrer)

CONTEÚDOS: História da Ciência nos currículos escolares

A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS NO ENSINO CIENTÍFICO

O último século da cultura ocidental foi profundamente marcado por um espírito triunfalista e quase hegemónico em relação à ciência, que começou a elevar-se desde a década de 70 do século XIX à categoria de grande salvador universal. Dentro deste espírito, em breve todas as doenças seriam curadas, existiriam cidades na Lua e em Marte, todos os recursos do fundo do mar estariam incorporados na nossa subsistência, as semanas de trabalho teriam só quatro dias porque os robôs fariam praticamente tudo por nós, teríamos automóveis voadores, criaríamos novas espécies animais e vegetais de alta produtividade e alto valor alimentar, e até faríamos chover onde quiséssemos. É só nos finais do século XX que este espírito começa a ser questionado, e consequentemente a potencialidade da ciência como resolução para todos os nossos problemas começa a aparecer como cada vez menos credível. No entanto, esta nova mudança de atitude ainda não transitou minimamente para o ensino científico, em qualquer nível de ensino: continuamos a ensinar aos nossos alunos uma ciência que funciona como uma flecha ascendente orientada no sentido do progresso, com a arrogância de quem já detém todas as respostas para todas as perguntas do passado. Nesta secção dos CONTEÚDOS, visaremos discutir a forma como a incorporação da história da ciência nos currículos científicos pode ajudar os alunos a olharem para o conhecimento científico moderno com mais modéstia, com plena consciência de que o que nos dizem hoje os livros de texto terá forçosamente que ser alterado daqui a cinco anos e será certamente obsoleto daqui a mais dois séculos, e pelo menos com o rudimento da noção de que o desenvolvimento científico se organiza obrigatoriamente dentro do espectro inesgotável da inquietação e curiosidade humanas, que transcende em muito a mera colecção progressiva de dados e gera regularmente mudanças de paradigma que englobam todo o tecido social e moral pelo qual nos regemos (TO BE CONTINUED!!!!)

Villemard
"A l'Ecole"
Visions de l'an 2000, 1910
Chromolithograph
BNF, Département des Estampes et de la Photographie

segunda-feira, 21 de março de 2005

LER: Imagens da Ciência

Neste caso é mais VER.

A New York Public Library abriu ao público uma galeria digital de imagens que inclui, entre muitas outras, uma colecção intitulada:

Imagens da Ciência: 700 anos de Ilustração Científica e Médica

São mais de 340 imagens desde o século XIII aos princípios do século XX, relativas à astronomia, química, geologia, matemática, medicina e fisica.








Imagem:
E.L. Trouvelot. The planet Saturn. Observed on November 30, 1874, at 5h. 30m. P.M.

Ver em:
http://digitalgallery.nypl.org/nypldigital/

segunda-feira, 7 de março de 2005

LER: Conecta

Para quem está cansado de proceder à triagem de notícias sobre congressos e outras actividades interessantes no âmbito da História das Ciências, e de perdê-las no meio do imenso spam que enche as nossas caixas de correio, um colega espanhol faz isso por nós e envia-nos um boletim informativo electrónico com o resultado.
Enrique Perdiguero, actualmente em Alicante, na Universidade Miguel Hernandez, começou a editar Conecta há dez anos em Londres, a partir do então Wellcome Institute, e nunca mais parou.
Conecta é distribuído apenas em texto para facilitar a recepção por todos os interessados. Não tem quaisquer imagens, mas tem tudo o que interessa. O último número acabou de sair.

Gracias, Enrique.

Conecta

CONECTA
Boletin de Noticias sobre Historia de la Ciencia, la Medicina
y la Tecnologia
ISSN: 1576-4826

Vol.10, no.21, 7 de marzo de 2005
http://www.dsp.umh.es/conecta/

domingo, 6 de março de 2005

NAQUELE TEMPO: Mendeleev e a arrumação da Química

O químico russo, Dmitrii Ivanovitch Mendeleev nasceu em Tobolsk (Sibéria) a 8 de Fevereiro de 1834 e morreu em S. Petersburgo a 2 de Fevereiro de 1907. Estudou no Instituto Pedagógico Central de S. Petersburgo, onde obteve o diploma de professor de Ciências, formando-se em Química em 1856. Foi leccionar para Odessa, na Crimeia. Em seguida partiu Paris onde trabalha com Regnault e depois para Heidelberg (onde se torna amigo de outro químico e compositor famoso, A. Borodin), trabalhando em espectroscopia sob a orientação de Kirchhoff e Bunsen. Volta à Rússia e torna-se Professor a partir de 1863, assumindo a cátedra de química do Instituto Tecnológico de S. Petersburgo logo em 1866, com uma tese em “Combinações de água e álcool”.
Mendeleev empreendeu trabalhos sobre as propriedades do ar rarefeito e a compressão dos gases, tendo antecipado o conceito de Thomas Andrews (1869) da temperatura crítica dos gases. Estudou a natureza das soluções, que considerou sistemas líquidos homogéneos de compostos instáveis dissociáveis do solvente com a substância dissolvida. Investigou a expansão térmica dos líquidos e elabora fórmulas para exprimi-la. Mais tarde, na qualidade de conselheiro científico das forças armadas russas (1890) promoveu o estudo da nitrocelulose e contribuiu ainda para a preparação de uma pólvora sem fumo, à base de pirocolódio. Foi ainda conservador do Museu de Pesos e Medidas (1893).
Contudo, Mendeleev é um nome que ligamos à Tabela Periódica dos Elementos. Na verdade, Mendeleev classificou periodicamente os elementos químicos conforme seu peso específico, dispondo os elementos em ordem crescente de acordo com seu peso atómico. Apesar de outros cientistas terem anteriormente traçado sequências numéricas entre os pesos atómicos de certos elementos e notado conexões entre estes e as propriedades das diversas substâncias, Mendeleev é o primeiro a enunciar a lei cientificamente.
Deve referir-se ainda que Mendeleev não estava a par, p.ex., dos trabalhos de Newlands e da sua Lei das Oitavas (de 1864) e que o que hoje comemoramos são os 136 anos (1869) da sua apresentação pública na Sociedade Química Russa da classificação dos 63 elementos então conhecidos.
O salto de gigante, a revolução no mundo da química deve-se ao facto de ao estabelecer a analogia dos elementos em bases numéricas seguras, Mendeleev nota que as propriedades dos corpos simples se repetem periodicamente mas para isso é preciso deixar lacunas nos seus quadros. Além disso, em diversos casos, para ser mantida a ideia de periodicidade, a posição de alguns elementos devia ser trocada, pois não correspondia à que lhes competia, de acordo com o peso atómico determinado pelos químicos da época, principalmente pelo método analítico de Canizzaro. Assim, por exemplo, o telúrio
deveria ser colocado antes do iodo, embora o peso atómico do telúrio seja 128 e o do iodo 127. Assinalou também as inversões de outros pares de elementos como árgon e potássio, cobalto e níquel, e tório e protactínio.
Contudo a maioria dos químicos da época acolheram com algum cepticismo o trabalho de Mendeleev, e o seu trabalho podia ter caído no esquecimento caso não tivessem ocorrido alguns factos sensacionais. Em 1875 foi descoberto, perto dos Pirinéus, um novo elemento que, em homenagem à França ficou com o nome de gálio. Mais tarde (1879) foi descoberto o escândio, na Escandinávia, e também o germânio (1886), descoberto por um alemão que não “quis ficar atrás”. Em todos estes casos as propriedades dos elementos recém descobertos coincidiam espantosamente com as previsões. Para que uma teoria possa ser realmente útil em ciência ela deve não só explicar os factos conhecidos como também permitir prever outros a partir deles. Nestas condições o sucesso desta classificação de Mendeleev foi enorme.
As previsões de Mendeleev
foram todas verificadas. No que respeita aos pesos atómicos mal determinados, concluiu-se que elementos como o ítrio, o índio, o disprósio, o cério, o érbio, o lantânio, o tório ou o urânio estavam mal determinados. Por outro lado foram-se descobrindo sucessivamente todos os elementos que faltavam no quadro periódico de Mendeleev –p.ex., todo o grupo dos gases nobres, ou mesmo os que não são estáveis como o tecnécio.
Somente em 1913 Henry Mosely estabeleceu o conceito de número atómico; porém essa descoberta não provocou grandes alterações na classificação dos elementos feita por Mendeleev, apenas alguns rearranjos. Assim, a classificação de Mendeleev é a base da teoria da estrutura electrónica do átomo. Numerando-se em sequência os elementos de acordo com a sua classificação, verifica-se que o número de ordem de cada elemento é igual à carga positiva de seu núcleo atómico. Quanto às propriedades químicas, são sobretudo função da forma de agrupamento dos electrões em torno do núcleo. Quando a carga do núcleo aumenta de uma unidade e o número de electrões cresce respectivamente, os tipos de agrupamento de electrões repetem-se, o que determina a periodicidade nas alterações das propriedades dos átomos.
O destino (o cepticismo ?) não permitiu que lhe fosse atribuído o prémio Nobel (em 1906 ainda foi considerado pela comissão, mas um eloquente membro da mesma achou que o seu trabalho era “derivado” do de Cannizzaro…), tendo contudo sido agraciado com a medalha Davy (1882) e a medalha Copley (1905), da Royal Society de Londres. Em sua homenagem foi dado o seu nome ao elemento de número atómico 101 - Mendelévio.
Como soe dizer-se, “por detrás de um grande homem há sempre uma grande mulher…” e essa foi sem dúvida, Maria, sua mãe. Dmitrii era o 14º e ultimo filho do casal. Tendo o pai cegado com Dmitrii ainda novo, Maria, para sustentar a família, abriu uma fábrica de vidro. Quando Dmitrii está a acabar o liceu o pai morre e a fábrica arde. Maria pega no filho e vai Moscovo para que ele entre na universidade, mas os “barões” universitários de Moscovo são relutantes em admitir alguém de fora nestes tempos politicamente conturbados. Maria não desiste; pega no filho e vai para S. Petersburgo onde, depois de vários pedidos, o aceitam a um exame extraordinário para tentar a entrada no Instituto. Dmitrii entra para o Instituto e Maria morre pouco depois de tuberculose, consumida pelo cansaço de uma vida de labuta.
Antes de morrer, Maria diz-lhe: “Não te iludas, insiste no trabalho e não nas palavras. Procura a verdade científica e divina”. O filho não esquecerá estas palavras e na sua obra mais importante Osnovy chimii (Princípios de química, 1868 – 1870) escreve: “Esta investigação é dedicada à memória de uma mãe pelo seu filho mais novo. Conduzindo uma fábrica somente com seu trabalho ela pôde educá-lo. Instruiu-o pelo exemplo, corrigiu-o com amor, e a fim de o dedicar à ciência deixou com ele a Sibéria, gastando assim seus últimos recursos e forças”.
Mendeleev tinha uma maneira de ser muito terra-a-terra e gostava de conversar com os mouzhiks (camponeses) e gente simples. A sua maneira de falar cativava os alunos e as suas aulas estavam cheias. Tinha um grande sentido de cidadania e por isso mesmo, em 1890, declara várias injustiças na universidade; não obtendo do ministro a devida reivindicação, renuncia ao cargo de professor –a sua aula “final” é impedida pela policia, com medo que surjam tumultos.
Casou duas vezes, com Feozva Lascheva, que não amava, e mais tarde com Anna Ivanova Popova –de acordo com a Igreja Ortodoxa era considerado bígamo, no entanto, era tão famoso na Rússia, que o czar dizia “Mendeleev tem duas mulheres, sim, mas eu tenho só um Mendeleev”.
Este foi, sem dúvida um personagem da nossa história da ciência.
Ele “arrumou” a Química.

quinta-feira, 3 de março de 2005

AGENDA: Congresso História da Ciência

Congresso Internacional de História da Ciência
Globalização e Diversidade: difusão da Ciência e da Tecnologia através da História
24-30 Julho 2005
Beijing, China


Mais informações em: http://2005bj.ihns.ac.cn

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Galileu

"E, no entanto, ela move-se"

(num murmúrio de protesto, depois de ter sido obrigado em tribunal a abjurar a teoria heliocêntrica)

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Haldane

"Só se for uma predilecção um bocado desconcertante por escaravelhos"

(quando lhe perguntaram se não encontrava mesmo nenhuma marca do Desígnio Divino na Natureza, e tendo em conta que os coleópteros, onde se inserem os escaravelhos, são o maior grupo animal à superfície da Terra)

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE: Laplace

"Sire, não tenho necessidade dessa hipótese"

Quando Napoleão lhe perguntou qual era, na sua opinião, o papel de Deus no Universo.